Resumo
Introdução: A Qualidade de Vida foi escolhida como eixo temático de pesquisa com o propósito de reduzir o abismo existente entre o desenvolvimento científico e tecnológico e o autocuidado do profissional de saúde. O objetivo foi conhecer a influência da formação acadêmica na qualidade de vida dos estudantes de uma Universidade do Rio de Janeiro.
Métodos: Foi realizado um estudo transversal numa abordagem quantitativa, aplicando questionário validado na literatura. Os critérios de inclusão foram: alunos do primeiro ano em sua primeira formação; e o de exclusão: aqueles que fazem o curso como segunda formação. As bases de dados foram SciELO, portal de periódicos da CAPES e Biblioteca Virtual em Saúde, priorizando os últimos cinco anos.
Resultados: 60 alunos participaram, sendo 56,7% mulheres e 41,7% homens, 1 não informou; quanto a sua saúde, 35% sentem-se satisfeitos ou muito satisfeitos, os que responderam muito insatisfeitos ou insatisfeitos foram 35%. Quanto à frequência de sentimentos negativos, 1,7% responderam nunca, 33,3% algumas vezes, 21,7% dos indivíduos relataram sempre ter sentimentos negativos e 18,3% muito frequentemente. Todos esses fatores contribuem para o esgotamento, caracterizando a Síndrome de Burnout, ocasionado por pressão excessiva no ambiente acadêmico e cursa com sintomas relacionados ao esgotamento físico e emocional.
Conclusão: A formação acadêmica parece ainda estar voltada ao desempenho intelectual. Há certa negligência com a inteligência emocional e as habilidades sociais necessárias na formação e, ao bem-estar psicológico do indivíduo no decorrer da formação médica, a fim de colaborar com a formação humana, social e emocional dos acadêmicos.
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