Prevalência de distúrbio nutricional em crianças de 6 a 11 anos de uma escola municipal de Vila Velha
Capa
PDF

Palavras-chave

Inquéritos Nutricionais
Serviços de Saúde Escolar
Criança

Resumo

Introdução: O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de distúrbio nutricional em crianças frequentadoras de uma escola municipal do município de Vila Velha.

Métodos: Estudo transversal incluindo todas crianças com 6 a 11 anos de idade, que frequentavam a Escola Municipal Edson Tavares de Souza, em Vila Velha, Espírito Santo, no período de abril e maio de 2016. As informações, como nome, idade e sexo, foram obtidas na ficha de matrícula da criança. Para a avaliação do estado nutricional das crianças foi realizada a verificação de peso e estatura, que permitiram o cálculo do índice de massa corpórea (IMC), indicador que relaciona o peso e a altura de acordo com o sexo e a idade, segundo parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O estado nutricional da criança foi classificado como: magreza (percentil < 3,0), eutrofia (percentil de 3,0 a 84,9), sobrepeso (percentil de 85,0 a 96,9) e obesidade (percentil ≥ 97,0). A altura foi medida na posição ortostática e o peso foi aferido em balança plataforma com precisão de 100 g, pelos autores devidamente treinados, seguindo as técnicas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Das 390 crianças da escola, 38 foram excluídas por terem faltado no dia da avaliação ou por não terem o consentimento dos pais para participação no estudo. A análise consistiu da distribuição de frequências simples e proporcional do sexo e idade, de acordo com o estado nutricional. O teste qui-quadrado foi empregado para avaliar a existência de diferença do estado nutricional entre os sexos e as faixas etárias.

Resultados: Do total de 352 crianças na faixa etária de 6 a 11 anos, 43,5% apresentavam algum tipo de distúrbio nutricional em relação ao IMC. Destas, 6% tinham o IMC compatível com magreza, 19,3% com sobrepeso e 18,2% obesidade. Apesar das diferenças observadas entre as idades (p<0,297) e os sexos (p<0,195) não terem significância estatística, a prevalência de magreza foi maior nas idades de 6 a 7 anos (8,7%) e menor aos 8 e 9 anos (3,6%) e de obesidade aos 8 e 9 anos. As meninas apresentaram menor prevalência de magreza (3,8%) e maior de obesidade (21,9%), em comparação com os meninos.

Conclusão: Na amostra investigada não foi encontrada diferenças significativas no estado nutricional entre os sexos e nas faixas etárias de 6–7 , 8–9 e 10–11 anos.

PDF

Os direitos autorais são mantidos pelos autores, que cedem aos Anais do Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade permissão para publicarem o artigo e identificarem-se como o publicador original.

Downloads

Não há dados estatísticos.