Resumo
Introdução: Protaminas, proteínas extraídas da vesícula seminal do salmão, se isoladas têm efeito anticoagulante. Porém, administrada com heparina, as atividades de ambas são neutralizadas, assim, reverte os efeitos da heparina em hemorragias graves. Ressalta-se como risco, o grupo dos vasectomizados pela probabilidade de reação cruzada imunológica entre a protamina do salmão e a produzida em vasectomizados levando à formação de anticorpos anti-protamina e consequente risco de vida por anafilaxia. Defende-se como alternativa para reversão da heparina o uso do tempo de coagulação ativado (TCA) que monitora o efeito da droga durante cirurgias. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi pesquisar o número de homens que desejam realizar vasectomia e os já vasectomizados, investigando conscientização prévia ou não sobre seus riscos e benefícios. Além de alertá-los sobre perigos dessa associação e apresentar o uso do TCA como alternativa.
Métodos: Revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline. Posteriormente, coletaram-se dados de pacientes de 6 Unidades Básicas de Saúde de Vila Velha, ES, e analisou-se pelo Excel.
Resultados: Entrevistaram-se 110 homens, desses, 75 pretendem realizar vasectomia e 33 eram vasectomizados. Apenas 9 vasectomizados foram previamente conscientizados sobre os riscos da cirurgia.
Conclusão: É fundamental informar sobre a utilização da protamina e seus efeitos adversos na reversão da heparinização plena em pacientes vasectomizados, ambicionando evitar anafilaxia que evolui para óbito. Assim, é necessário conscientizar os que desejam ou os vasectomizados e os médicos sobre os riscos envolvidos nessa associação, além de informar sobre o TCA como alternativa ao uso da protamina.
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Copyright (c) 2020 Stephani Vogt Rossi, Camila Cristello Gardoni, Izabella Soares Medeiros, Raiana Barcellos Claudio, Raquel Bonicenha, Thayná Andreatta, Kiscila Araujo Fernandes, Letícia Braun Fonseca, José Roberto Coutinho Nogueira