Resumo
Introdução: O estresse ocupacional é prevalente em profissões da saúde e caracteriza-se por alterações psíquicas e por dificuldades de desempenho regular de tarefas. Os agentes comunitários de saúde (ACS), devido às suas atividades laborais de visitas domiciliares e envolvimento com a comunidade, estão propícios ao estresse ocupacional. O objetivo do estudo foi avaliar a Síndrome de Burnout em ACS de municípios distintos.
Métodos: Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem qualitativa, realizado com ACS dos municípios de Colatina, ES, e Paranaíta, MT, no período de agosto de 2017 a julho de 2018. A amostra foi constituída 154 ACS do município de Colatina e de 26 ACS do município de Paranaíta, totalizando 180 ACS. Identificou-se o perfil dos respondentes e foi aplicado a escala de avaliação Maslach Burnout Inventory General Survey. Os dados foram compilados no software Assistat e todos assinaram o termo de consentimento.
Resultados: Identificou-se alto grau de exaustão emocional no município de Colatina e baixo grau para envolvimento pessoal com o trabalho em ambos municípios, tais características desvelam fatores significativos para o estresse ocupacional em suas atividades.
Conclusão: Apesar do desgaste nas principais dimensões da síndrome de Burnout, a amostra de ACS consegue manter o bem-estar e a qualidade de vida com suporte familiar, relações sociais e individuais equilibradas, controlando suas possíveis consequências negativas. No entanto, constatou-se a necessidade de adotar estratégias para prevenção de problemas psicopatológicos de estresse crônico para que os ACS alcancem a realização profissional.
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Copyright (c) 2020 Carolina Guidone Coutinho, Cintia de Matos Rocha , Letícia Cláudio , Adriene de Freitas Moreno Rodrigues, Luciano Antonio Rodrigues