Resumo
Introdução: Cuidados paliativos são essenciais para a qualidade de vida e bem estar do paciente terminal, sendo a assistência integral desafio especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS). O caso descrito é um relato de cuidado paliativo domiciliar em paciente com neoplasia maligna em estágio terminal, na Estratégia Saúde da Família (ESF).
Apresentação do caso: A.A.P, masculino, 57 anos, autônomo, etilista e tabagista há 41 anos, acolhido na ESF pela residente, queixava odinofagia e emagrecimento de cinco quilos em três meses. Após avaliação, hipótese diagnóstica compartilhada com a odontóloga da unidade e resultados de exames confirmou-se o diagnóstico de neoplasia maligna da orofaringe, encaminhando o paciente para o serviço de oncologia para propedêutica. Após familiares relatarem decisão do paciente em abandonar o tratamento, referenciando à rede de atenção à saúde (RAS), uma equipe multidisciplinar da atenção domiciliar (AD) iniciou os cuidados paliativos, prestando toda assistência humanizada e integral garantida pela Portaria nº 963/2013 e Resolução nº41/2018. Foram prescritos medicamentos para o tratamento da dor crônica do paciente via “notificação de receita A1”. Durante a assistência multiprofissional, os sentimentos negativos e a falta da espiritualidade dificultaram o incentivo do retorno ao tratamento. Após toda a assistência e monitoramento da linha de cuidados paliativos pela atenção prestada ao paciente esse foi a óbito.
Conclusão: É necessário reforçar o tratamento e assistência nos cuidados paliativos de pacientes oncológicos em estágio terminal, através da acessibilidade na ESF, do vínculo longitudinal, do cuidado integral e da coordenação do cuidado.
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