Experiência do Curso de Medicina da UFES no Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde)
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Palavras-chave

Integralidade
Educação Médica
Equipe Interdisciplinar de Saúde

Resumo

Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) é uma iniciativa do Ministério da Saúde (MS) com vistas à reorientação da formação profissional em saúde em nível de graduação a partir da inserção dos estudantes na dinâmica de serviços de saúde. Alguns dos princípios que regem as ações são o trabalho em equipe, a interdisciplinaridade, a integralidade e a humanização da atenção à saúde. Este trabalho visa apresentar a experiência da Universidade Federal do Espírito Santo com o PET-Saúde, em particular do curso de medicina.

Método: Relato de experiência a partir da vivência do autor, que exerceu o papel de tutor acadêmico em cinco edições PET-Saúde.

Resultados: Desde 2010, a UFES participou de cinco edições do PET-Saúde, contemplando praticamente todas as graduações em saúde da universidade. O curso de medicina esteve presente em todas as edições, sendo um curso antigo, tradicional e com escassa inserção de estudantes na atenção primária (APS). Todas as edições foram realizadas em parceria com o município de Vitória para inserção de estudantes na Estratégia de Saúde da Família (5), na Vigilância em Saúde (1) e em Centro de Atenção Psicossocial (1), sendo que uma edição (Pró-PET-Saúde) também contou com parceria da SESA-ES, na qual estudantes frequentaram o Centro Regional de Especialidades da Região Metropolitana de Vitória. O PET-Saúde contribuiu para o processo de amadurecimento e fortalecimento da integração ensino-serviço no âmbito da universidade e do município. A experiência com a SESA foi restrita e de baixo impacto. Alguns dos resultados que podem ser citados, estão: (a) maior tempo de inserção dos estudantes na APS; (b) fomento à mudanças na administração do curso e reforma curricular; (c) integração com os demais cursos da saúde; (d) maior integração com o município e com os serviços, fortalecendo o processo de preceptoria em atividades curriculares e extra-curriculares; (e) estímulo à produção científica no âmbito da APS. Como desafios que ainda vislumbro, citam-se a necessidade de fortalecer a integração com a comunidade, de valorizar a preceptoria, de amadurecer processos institucionais de gestão da integração ensino-serviço, de inserir precocentemente o estudante na APS e consolidar a reforma curricular.

Conclusão: Apesar de criar certa dependência financeira, o PET-Saúde é uma experiência que marca e muda a história do curso de medicina da UFES.

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Os direitos autorais são mantidos pelos autores, que cedem aos Anais do Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade permissão para publicarem o artigo e identificarem-se como o publicador original.

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